terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Minha história ...

Tem quase 2 anos que tenho esse blog, mas nunca contei minha história, como tudo isso começou. Vou contar agora.


Eu era uma criança normal, nem magrela, nem gorda, no pré, quando tinha uns 5 anos, comecei a fazer ballet, me apaixonei, mas, quando fui para a primeira série tive de mudar de escola, então o ballet também foi para o ralo.


A partir do 7, que foi quando parei o ballet, fui engordando um pouco, mas não muito, mas, aos 11 anos eu fiquei “mocinha”, menstruei. Então, acho que foi ai que o meu corpo teve uma mudança de verdade.


Eu sempre tive bastante cabelo, mas ele era liso, depois que menstruei eles ficaram crespos, minha franja ficou horrível. E então eu também comecei a engordar. Minha mãe, preocupada, me colocou novamente no ballet e também no jazz, pra ver se eu emagrecia.


Aos 14 anos fui no primeiro endocrinologista, que era um senhor, que acho que já devia ter uns 70 anos. Ele me examinou, olhou minha estatura e me disse que para o meu corpo uns 58 a 60 kg seria o ideal, e meu peso naquela consulta era de mais ou menos uns 65 kg. Ele me receitou um remédio que tomei por pouco tempo. Depois, não me lembro porque eu não fui mais lá.


Fizeram uma festa surpresa pra mim quando fiz 15 anos, usei uma roupa meio feia, poderia ter usado uma roupa melhor, porque me sentia mal com o meu corpo.


Na formatura do colegial usei uma saia preta com uma blusa de linho vermelha, fiquei tão bonita nas fotos. Todo mundo me elogiou, mas eu me sentia gorda. Nem sei como consegui usar aquela roupa, mas acho que na verdade, não estava tão gorda assim.


Aos 18 anos entrei neste serviço que estou até hoje e como o plano de saúde é muito bom, fui a vários endocrinologistas. Na verdade, acho que fui em 3. A primeira era uma mulher, muito boa, mas, meio brava também. Não conseguia emagrecer, o remédio que ela me passou era caro, não tinha condições de comprar e acabei desistindo.


Depois fui num endocrinologista que era bem perto da minha casa. Era um cara bem legal, me passou femproporex para tomar, fui bem com ele, estava emagrecendo, caminhando até a faculdade todos os dias. Quando comecei a passar com ele estava mais ou menos com 80 kg, e cheguei bem pertinho dos 70.


Então, comecei a namorar o meu marido. E pra nós namorar era sinomino de sair para comer. E eu estava toda feliz que nem me importei e fui engordando. No começo de 2008 descobri que estava grávida, fiquei preocupada, pois estava com 87 kg. Mas o meu ginecologista era bem tranqüilo, me disse que o ideal seria que eu não passasse de 10 kg a mais e Graças a Deus foi tudo bem, meu apetite ficou diferente e lembro que na ultima consulta estava com 95 ou 96 kg, engordei 8 ou 9 kg no total.


Depois que meu pequeno nasceu eu consegui amamenta-lo por mais ou menos 3 meses e nesse período minha mãe ficou um tempo comigo e cozinhava pra mim. Emagreci, cheguei aos 82, o médico nem acreditou quando me pesou, ele ficou impressionado.

Mas, a felicidade durou pouco. Voltei a trabalhar e pra mim tudo ficou mais difícil, muita coisa pra fazer, pouco tempo, muito cansada e me alimentando muito mal.


No começo de 2010 estava com 96 kg. Comecei esse ano com quase 90 e agora espero fechar esse ano melhor que o ano passado.


Agora eu vou a uma endócrino que fica aqui perto do meu serviço. Gosto muito dela, ela me ouve, procura entender o que estou passando, então pretendo ficar com ela até conseguir emagrecer tudo o que quero.


Nesses anos deixei de fazer tanta coisa por me sentir inferior por estar acima do peso.


Não fui no noivado de um primo que eu adoro, a esposa dele achou que eu não gostava dela, ah, se ela soubesse ... rsss


Muitas vezes não ia passear com a minha família e ficava em casa o dia inteiro sozinha e comendo, eu adorava fazer uma calda de chocolate e comer com pão.


Na verdade, acho que se eu tivesse tido um apoio da minha família tudo podia ter sido diferente. Eu não era magra, mas não estava tão gorda, mas eu me sentia tão mal, como se pesasse uns 150 kg.


Tenho uma prima que é um pouco mais nova que eu. Ela sempre foi magrinha, com cabelo lisinho e loiro. Era ( e é) a gatinha do pedaço, tinha sempre um monte de garoto a fim dela, ela fazia (e faz) o maior sucesso. E eu, sempre me sentia uma horrorosa, horrível, que não merecia nada, nem ninguém por ser tão feia.


Agora tanto faz o que aconteceu, quem teve culpa ou não teve, agora depende de mim fazer tudo isso ser diferente, e é isso que estou tentando, mudar a minha história, me sentir bem comigo mesma.


No feriado fui no Hopi Hari (vocês viram a promoção da Otker? Fui graças a isso ... rsss) e lá eu fiquei pensando em quanta coisa eu deixei de viver por não me sentir bem com o meu corpo e que bobeira, não é?


Afinal, as pessoas gostam de você pelo que você é num contexto, não é? Ninguém gosta de você só porque você tem o cabelo assim ou assado, ou porque é magra ou gorda.


Mas, para o nosso inconsciente as coisas não são tão simples assim, pra mim, nunca foram.


Isso me faz pensar em tantas coisas. Mas, isso já é assunto para um outro dia, que essa história aqui já ficou grande demais.


Inté !!!

3 comentários:

Marcia disse...

Oh, Paulinha, obrigado por ter comentado no meu blog. As nossas estórias são tão parecidas ... Modifica um episódio ou outro mas no final da tudo na mesma ...Comida para controlar, sentir ou esquecer emoções!
Boa sorte e vou te seguir!
Bjs

Valquiria disse...

Paulinha apesar de tudo o que já te aconteceu acho que vc tem uma certa facilidade para emagrecer e isso é ótimo agarre isso de unhas e dentes e arrase no emagrecimento amiga!beijocas
Val http://conquistandoopesoideal.blogspot.com

Hidely disse...

Oiê, Isso mesmo, não importa quem teve culpa o importante é o daqui pra frente. Força. Bjs